quarta-feira, 25 de junho de 2014

Crónicas do Corvo Negro - Pergaminho da Cidade do Mar

Hum .... cheira a maresia....


Crónicas do Corvo Negro - Pergaminho da Cidade do Mar


O sopro da vida que se some é abraço da natureza que o acolhe e faz girar a roda da vida. É uma constante aventura entre mundos, onde a mãe que cria toca e gira o sopro dos seres que alberga. O som de um sopro da vida quebrado não é o fim de uma existência, é passagem para outros mundos, onde neles, nos esperam novas aventuras e novos conhecimentos. 

A imaginação não revela coisas novas, nem faz acreditar que elas existem, quando na verdade, no profundo da alma, já tanto vivemos e presenciámos e que, fielmente, a consciência nos oferece um deslumbre dessas provas antigas, de outros portos onde a roda girou e nos deixou para viver um novo sopro. 

Sonhar é crescer, crescer é acreditar que os sonhos são possíveis e acreditar é concretizar todos esses sonhos transformados em vontade, mesmo que, sejam sentidos de outra forma diferente àquela que o sonho inspirou. 

Há quem simplesmente tem o mundo nas suas mãos. Há quem tenha simplesmente o poder de equilibrar o sopro da vida dos outros, mantendo-o são e por mais tempo. Há quem simplesmente foi abençoado a alcançar os seus sonhos revelados ainda em tenra idade. Afinal, há silêncios onde as palavras sussurradas, são mais poderosas do que todos os sons do mundo. 

O pergaminho que saúdo cheira a mar. O som que se ouve é canção de embalar. O búzio evocado do fundo do mar, permite-me oferecer-vos esta história de encantos. Uma história de persistência e sonhos realizados. Boa viagem. 

A brisa salgada agitava no ar um turbilhão de pontos luminosos que se reflectiam no manto de areia que se estendia radiante aos seus pés. As linhas do horizonte mostravam uma cascata de sonhos e visões que só a alma conseguia interpretar, naquele simbólico silêncio cheio de segredos que a voz é incapaz de descrever. 

A mulher que assistia inspirada àquela alegoria da natureza, enterrou os pés naquele manto quente sentindo-se parte de um todo nascido e repartido com formas diferentes.

Deixou-se vislumbrar pela visão do mar, pesado, vasto, belo, forte e misterioso, esculpindo as rochas que separavam as fronteiras dos grandes senhores da terra e do mar. Uma constante conquista de prenúncios e agitações de destinos por concretizar. A espuma bravia desenhava na areia mitos sobre o seu senhor, símbolos ocultos e indecifráveis aos olhos não oriundos da sua natureza. A terra apenas podia abraçá-los e a brisa testemunhar as suas formas. Os segredos mantinham-se segredos. 

Lentamente, os sentidos captaram um melodioso cântico vindo do mar, elegantemente transportado pelas ondas longínquas que pareciam concorrer para chegar aos pés da ouvinte. A brisa enternecida e encantada pela melodia, rodeou-lhe os pensamentos terrenos e intensificou as sensações. 

Os seus olhos fecharam-se deleitados perante o enleio da melodia. Por momentos, o restante mundo fez um silêncio peculiar. Um silêncio, no qual, todas as vozes se transformaram numa linguagem comum, tão antiga, sentida e entendida por qualquer ser. O que ouvia, fê-la sentir-se contornada por outras formas de que é feita toda a natureza. 

Deambulou pela praia vazia, no seu longo manto de areia brilhante que amparava os seus sentidos, sentindo um forte desejo de abraçar o mar. Os pés concederam o desejo e tocaram no véu translúcido do outro mundo. 

O toque foi gentil, suave, agradável. A espuma rolada, amistosamente aos seus pés, trazia aquela melodia que advinha das profundezas daquele outro mundo, onde governa o senhor do mar. 

O chamamento era forte, doce, irresistível. Entrou. 

O corpo terreno, foi ficando leve, tão leve quanto aquele véu que a rodeava, confortando-a aos poucos no seu regaço. Os pés sentiram o manto de areia roubado pelo senhor do mar e presenciou a nova vida que este conquistou. 

A melodia era cada vez mais hipnotizante de tão bela. Hinos do mar. Elegantes alegorias e mitos de tantas civilizações que o mar viu nascer, crescer e morrer. Eternos testemunhos de eras veementes de história. 

O ar do corpo fora roubado. A asfixia era indolor. O corpo pertencia unicamente ao mundo marinho. Brânquias nasceram no pescoço, escamas desenharam nas pernas uma barbatana caudal em tons reluzentes outonais, estrelas-do-mar entrançaram os longos cabelos e lá permaneceram tão belas quanto a criatura que viam transformar-se. 

A roupa terrena fora consumida pelo sal evidenciando o corpo nu da mulher-sereia, pelo qual, nasceram iguais escamas que ocultaram grande parte da sua pele humana. 

A consciência era livro aberto que deixava ver com clareza as novas vivências, sentindo em perfeição tudo o que os seus sentidos lhe ofereciam. A barbatana caudal logo se agitou, mergulhando freneticamente pelo mar seu destino e a velocidade aumentou ao sabor da curiosidade que os seus olhos conheciam aquele mundo oculto. 

Um mundo formado de cores inéditas provocadas pelos extensos e diversificados corais, estendidos por um encanto incomum, ininteligível ao conhecimento terreno. Os peixes sussurraram vozes que a mulher-sereia compreendeu. Sons estranhos corrompiam o silêncio habitual que imaginava existir dentro do forte manto de água. 

A melodia intensificou-se e alteou no chamamento intencional. O mar era vasto e a linha do horizonte mostrava apenas um véu de água sem fim, pois não havia sinal de qualquer fronteira com o senhor da terra. Uma ligeira onda impeliu-a, com cuidado, para que esta a seguisse. Encaminhou-a a uma gruta sustida numa parede rochosa acima de uma cratera de um vulcão. A lava que se via escorrer pela estrada de rocha, revelava o poder infinito da mãe natureza. 

Uma nova gruta se evidenciou. Percorreu todo um corredor de paredes rochosas delineadas por algas que dançavam com pequenas e estranhas criaturas do mar. Obliquamente aquele caminho revelou uma fenda no final da gruta, um indício para um lugar igualmente desconhecido e revelador de surpresas. 

A pequena abertura gelatinosa adquiriu uma cor espectral circular. Um portal. O corpo ergueu-se em vontade de o atravessar. Uma súbita adrenalina atingiu as escamas como a ventura de um encontro muito aguardado. 

O círculo do portal abraçou-a e rodou para o outro lado extinguindo-se após a sua passagem. Nenhum portal subsistia no mesmo local. Pois existem lugares no mundo comum, que são segredos, poderosos tesouros que não devem ser revelados, e quando o são, há uma certeza que não colocam em risco a sua existência. 

O abismo que parecia desenhar-se à sua frente, foi substituído pela visão de um soberbo reino marinho que se perdia de vista. Uma cidade maravilhosamente construída e delineada à base de conchas e corais. Finas e altas torres de búzios serviam de casa aos seus habitantes, contrastando com as praças e pontes unificadas numa histeria de cor e beleza. 

Criaturas do mar jamais vistas, mergulhavam numa cidade de vida diária e habitual. Mulheres-peixe e homens-peixe, seres belos e perspicazes que davam vida àquele lugar mágico, saudaram a recém-chegada e ofereceram-lhe passados de história e partilharam um presente experimentado. 

A recém-sereia sentia-se parte daquele povo, semelhante às suas próprias vidas e comoções, numa união sã e confortável. Os sentidos apuraram-se, uniram-se num todo comum. A mãe natureza é, absolutamente, a mãe da arte que cria e gere vida. 

O convívio ali vivenciado ofereceu-lhe maravilhosos momentos. Momentos que a saudade jamais conseguirá apagar, porque foram verdadeira e harmoniosamente sentidos, dotados de uma profundidade e valor consciencial que só no silêncio profundo da alma é possível sentir. 

Na hora de dormir, sob a vasta escuridão do oceano, a concha que a acolheu fechou-se transportando-a para um sono sereno. A despedida não teve sabor de adeus, teve gosto a felicidade por ter vivido momentos inesquecíveis, a compensação mais desejável de qualquer realidade. Os olhos fechados deixaram cair uma lágrima em testemunho da nostálgica satisfação. 

A brisa tocou-lhe novamente no rosto, os pés voltaram a sentir o calor do manto de areia, o corpo pesou sob o chão e a sereia-mulher sentiu-se de novo no mundo do Senhor da terra. Abriu os olhos. O mar parecia despedir-se com um segredo. Subitamente tomou conta do sonho acordado. 

A sensação ainda presente na pele, o brilho das escamas que desapareciam do corpo terreno, os cabelos desprendidos da longa e larga trança libertados pela brisa a pedir confissões, fê-la acreditar que por vezes, o inimaginável não é absurdo. Que por vezes, os sonhos e os desejos não são alucinações nem exageros da alma, são momentos que a vida oferece para enriquecer as vivências e esperanças de cada um. 

Olhou novamente o mar como se tivessem roubado uma parte de si. Nele, avistou inúmeros seres que mergulhavam numa histeria de encontros. Golfinhos. Belas e encantadas criaturas marinhas que desfilavam sobre o véu do senhor do mar espalhando testemunhos da grandeza do seu mundo. 

Só aos olhos da sereia-mulher era possível ver sereias e homens do mar no lugar dos chamados golfinhos. A sua forma era um segredo protegido aos olhos dos homens que enfeitiçados, só viam aquela forma marinha a que chamam de golfinhos. 

Um sorriso brilhou no seu rosto que se reflectiu na água translúcida e o levou até à cidade na gema do mar, onde nela permanece, parte de si, dentro da concha onde o sono inquilino deixou uma lágrima transformada em pérola. Naquela concha só sua, vinga um portal que a aguarda sempre que os seus olhos se fecham no mundo do outro senhor. 

A ligação com o mar tão forte fez crescer dentro de si uma vontade protectora pelo povo do mar, o seu povo. Também a sereia- mulher enfeitiçou os olhares alheios e se vestiu de bióloga, protectora do mar e dos seus habitantes no mundo onde governa o senhor da terra. 

Eis que o Corvo negro a encontrou. Numa noite fresca onde o luar era amante do mar, iluminando os seus segredos. Pois a lua é antiga e através da sua luz, o mundo já revelou mais segredos que pela luz do grande sol. O corvo negro grasnou e esperou na praia. Os momentos partilhados sobre ilhotas pelo grande oceano, intensificaram a sua amizade e os gostos literários tão comuns naquele vasto continente de nome Fiacha. Um cantinho do mundo do senhor da terra que o mar invejava. 

A bela sereia apareceu sobre as águas que se misturavam na espuma das ondas que vinham do alto mar. O corvo negro sobrevoou até à sua amiga Wavegirl, saudando-a com ternura. 

O anfitrião convidou-a ao seu salão. Não foram precisos artifícios ou feitiços. Cada um seguiu o seu meio de chegar ao seu destino, o corvo negro sobrevoando o horizonte marinho e a Wavegirl mergulhando nele próprio. 

Chegados à costa com o sibilar do grande castelo lá no alto, em constante chamamento pela trombeta de dente do grande dragão, oferecida ao dragão negro pelos seus antepassados, a Wavegirl começou a sua metamorfose. 

As pernas elegantes deram os passos decididos em direção à grande casa do corvo negro. A raposa esperou-a no limiar da floresta que circunda o castelo, oferecendo-lhe um vestido simples que encobria e embelezava o corpo nu da sereia-mulher Wavegirl. 

No miradouro do castelo os restantes membros já chegados puderam assistir a um belíssimo mergulho de inúmeros golfinhos que regressaram a casa depois de escoltarem uma pérola até ao outro lado do seu mundo. As sereias emitiram um cântico em direção à cidade. 

No salão a ampulheta para o grande encontro encontra-se quase deserta. O estalar da chama a consumir fogo é prova de que os pergaminhos chegam ao fim. O anão ardente conta os membros que ainda faltam chegar, semeando a curiosidade e vontade de os conhecer. 

O salão decorado pelo gosto literário, mostra que os seus membros, todos diferentes uns dos outros, são como todos os géneros literários e escritas respectivas que nascem para encantar os diferentes leitores. A harmonia é página que vinga, a curiosidade o separador que marca as passagens agradadas e a amizade é capa de livro que não corrói com o tempo, envelhece na ternura de ter existido e tocado pela mão que lê. 

A Guardiã do Tempo

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Pôr a Casa em Ordem de Matt Ruff


Sinopse:

Um feito impressionante de perícia literária.

Andy nasceu em 1965 e foi assassinado pouco depois pelo padrasto. Mas não foi um homicídio vulgar. Apesar da tortura que o matou ter sido real, a morte de Andy não o foi. Apenas a sua alma morreu e, quando morreu, quebrou-se em pedaços. Depois os pedaços tornaram-se em almas por si próprias, e co-herdeiras da vida de Andy Gage...

Enquanto Andy lida com o mundo exterior, mais de uma centena de almas partilham uma casa imaginária dentro da sua cabeça, esforçando-se por manter uma existência ordeira: Aaron, a figura paterna; Adam, o adolescente irresponsável; Jake, o rapazinho assustado; tia Sam, a artista; Sefaris, o defensor; e Gideon, que se quer livrar de todos e tomar conta da casa.

Opinião:

Devo a leitura deste livro às recomendações de duas pessoas, das quais tenho em consideração as suas sugestões, que foram o amigo Ubik e mais recentemente ao João Barreiros. Sem dúvida que se fosse a recomendação deles nunca me passaria pela frente este livro absolutamente fantástico. E não é que o encontro na feira do livro na banca anti-crise da SDE a 5€ ?

Se o título do livro, não cativa logo de início, ao terminar de o ler, chego a concordar a cem por cento que está muito bem escolhido.

Um livro original, muito bem escrito, divertido, complexo, repleto de mistérios e que nos fala de pessoas com personalidade múltiplas, realidades virtuais versus realidades interiores, um livro que nos marcará para sempre.

As duas personagens principais estão muito bem desenvolvidas, complexas e que acabam por ser muito bem exploradas ao longo do livro. As personagens secundárias estão igualmente muito bem desenvolvidas, acabando por ser uma mais-valia para o enredo. Impossível não se gostar da "personalidade" de Maledicta

Um livro original e repleto de emoções, absolutamente recomendado, que irá surpreender-vos seguramente.

Mais uma prova que a SDE publica muita coisa boa, sem dúvida, espero que volte a publicar mais livros do escritor.

Excelente

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Saida de Emergência - Imagem

Comentário que vou colocar na página do Facebook da Editora, espero ser útil

Ora viva,

Bem como leitor acompanhante da Coleção BANG! da Editora Saída de Emergência, tenho reparado que tem surgido pequenos detalhes que em nada favorecem a imagem da Editora e que quanto a mim deviam ter um pouco mais de atenção.

Quero desde já referir que não está em causa o profissionalismo de quem trabalha na Editora, tenho a certeza que muitas vezes é graças ao suor, sangue e mesmo lágrimas que um livro é publicado, contra muitas dificuldades, mas recentemente tem acontecido situações em nada benéficas para a imagem da Editora.

Não vamos voltar à conversa da divisão de livros, sagas/trilogias que ficam por publicar, preço dos livros e por ai fora, até porque já foi alvo de comunicado e quando fiz esse comentário até era mais pela forma como a Editora estava a comunicar com os seus leitores, algo que penso existirem algumas melhorias.

Mas vamos a factos do que pretendo dizer.

1) Foi lançada ainda recentemente uma campanha com a denominação "Feira do Livro Online - Descontos até 50%! que passado cerca de dois três dias vem a seguinte informação publicada no Facebook da Editora:

"A SdE informa, que devido a uma situação imprevista, teve que cancelar a habitual promoção quinzenal, já iniciada neste mês.
Todas as encomendas que na sua curta duração usufruíram da promoção serão asseguradas.
Lamentamos desde já o inconveniente causado.

No entanto, esperamos estar em condições de poder retomar estas promoções já no próximo mês de Julho.

Atentamente"


2) Vem uma informação no final do último livro da coleção BANG! "O Império Final" do Brandon Sanderson (grande livro sem a menor duvida) a referir que o próximo livro da coleção BANG! será Jardins de Lua de Steve Erikson e pelo que percebo o livro está com data de lançamento incerta, logo compreendo que possam existir mil e um imprevistos para se publicar um livro, mas se não havia certeza, mais valia não colocarem nada (alias o livro do Sanderson dá a sensação de ter sido traduzido à presa e atenção que o consumidor final paga no preço final do livro uma tradução /revisão exemplar) . E isto leva-me aos pontos seguintes.

3) Já são vários os títulos da coleção BANG! que estavam previstos e com datas comunicadas e que foram alteradas como são os casos do Erikson, Feist a serie Acácia, aliás foi feita a seguinte informação no local oficial da Editora:

"Por motivos de uma reestruturação do seu catálogo, todo o planeamento da SdE e Edições Chá das Cinco para os próximos meses está a ser reorganizado, pelo que informamos que não estaremos em condições de divulgar datas de publicação de livros ou autores/as no próximo mês.
Assim que for possível, voltaremos a partilhar datas de publicação.

Gratos pela vossa compreensão"



4) Engraçado que recentemente um leitor da coleção perguntou quais eram a previsão dos lançamentos para o 2 semestre do ano (não sei se antes deste comunicado) o que é verdade é que eu próprio comentei que ficaria contente com apenas as publicações do 3 trimestre e penso que a resposta data pela editora foi a acima indicada....mas passado 2 a 3 dias venho a saber via WOOK que vai sair o livro "Histórias dos Sete Reinos" de George Martin, algo que realmente lamento porque sistematicamente sabemos as novidades da Editora por essa via, cá para mim não estão a dar a devida importância à grande ferramenta de informação / divulgação / comunicação que é o Facebook e caramba logo ali não podiam informar que em julho teríamos este livro ? Ok está a sair a Revista BANG! se calhar há lá novidades, mas em vez de responder desta forma, comentavam "novidades em breve na Revista BANG!", somos nós que lemos os livros, que os compramos, divulgamos...adiante

5) Temos publicado o número 228 da coleção e onde está o 227 ?

6) Por mais de uma vez recebi um mail de novidades da SDE onde duas delas são o Pack do Terror do Dan Simmons por 19,80€ e depois tem o livro um do Terror por 19,56€ (não sei como isto se processa, mas tem alguma lógica isto chegar ao consumidor final desta forma ?)

Bem e agora sendo um pouco mauzinho fui recentemente fazer compras ao vossa banca dos livros anti-crise ( que está com livros muito bons sem duvida) e acabei por comprar o livro dois do Peake, qual o meu espanto quando me apercebo era o volume dois e não o primeiro, algo que faria mais sentido, tive a oportunidade de ir novamente à feira e tentei comprar o volume um e tinha que ser pelo preço normal :D...Ok eu entendo, tem poucos livros do livro um em stock e MUITOS do livro dois por vender, mas não é justo lol (eu sei que devia ter reparado, olhado, mas..... e atenção até são livros que nunca mais viram a continuação ;) )

Em jeito de conclusão penso ser importante ter atenção a estes pormenores, porque este é o resultado final que chega aos leitores e vossos admiradores, o que acaba por estar em jogo é a vossa imagem, logo estou a fazer este reparo para que melhorem.

E aproveitando o tempo de antena dispensado, ou não lol para que não deixem de acreditar em Scott Lynch e Robin Hobb, eu sei que já o fizeram, dou-vos os meus mais sinceros parabéns por já terem acreditado neles e os terem publicados, mas continuem a acreditar nestes dois grandes escritores

É desta que o corvo é depenado :D

domingo, 8 de junho de 2014

Histórias dos Sete Reinos - George Martin (divulgação)



Sinopse:

Nos últimos dias do reinado do Rei Daeron, com os Sete Reinos em paz e a dinastia real Targaryen no seu apogeu, conhecemos a história de um jovem escudeiro de nome Dunk que parte em busca de fama e glória num dos mais famosos torneios de Westeros. Mas ele desconhecia que o destino pode pregar estranhas partidas e que o caminho para a honra e nobreza em Westeros está ladeado não só de perigos, mas também de amizade e coragem. Quando conhece Egg, um rapaz misterioso e inteligente, mal sabe que os laços estreitos que forma com ele irão mudar a sua vida para sempre. Com Histórias dos Sete Reinos George R. R. Martin transportar-nos para o mundo fascinante e repleto de intrigas de Westeros, com a mesma mestria com que escreveu a sua obra-prima: A Guerra dos Tronos.

Já para o próximo dia 04 de julho. Quero ler mais alguém ? :D

sábado, 7 de junho de 2014

O Império Final, volume 1 da Saga Nascida nas Brumas de Brandon Sanderson



Sinopse:

Primeiro volume de uma nova série de um dos autores que mais sucesso teve nos últimos anos na fantasia.


Num mundo onde as cinzas caem do céu e as brumas dominam a noite, o povo dos Skaa vive escravizado e na absoluta miséria. Durante mais de mil anos, o Senhor Soberano governou com um poder divino inquestionável e pela força do terror. Mas quando a esperança parecia perdida, um sobrevivente de nome Kelsier escapa do mais terrível cativeiro graças à estranha magia dos metais – a Alomancia – que o transforma num “nascido nas brumas”, alguém capaz de invocar o poder de todos os metais.

Kelsier foi outrora um famoso ladrão e um líder carismático no submundo. A experiência agonizante que atravessou tornou-o obcecado em derrubar o Senhor Soberano com um plano audacioso. Após reunir um grupo de elite, é então que descobre Vin, uma órfã skaa com talento para a magia dos metais e que vive nas ruas. Perante os incríveis poderes latentes de Vin, Kelsier começa a acreditar que talvez consiga cumprir os seus sonhos de transformar para sempre o Império Final…

Opinião:


Mais um livro que me surpreendeu pela positiva e sério candidato a livro do ano, pelo menos a melhor descoberta de escritor a nível de literatura fantástica. Não são muitos os casos em que o início de uma saga / trilogia seja tão forte e marcante. Recordo-me apenas de alguns exemplos como A Guerra dos Tronos de George Martin, As Mentiras de Locke Lamora de Scott Lynch ou mesmo Duna de Frank Herbert. Brandon Sanderson não foge à regra, apresentando um livro muito bom.

 É verdade que não exibe um universo muito diferente do que é habitual na fantasia, mas este escritor, sem dúvida, que sabe montar um enredo muito consistente, excelentemente preparado e muito bem desenvolvido, deixando-nos logo de início completamente viciados na sua leitura. Gostei da forma como nos transmite uma quantidade enorme de informação sobre várias vertentes do enredo, sem nunca ser descritivo, seguramente que não é fácil e Sanderson fê-lo com mestria.

A base do enredo até é simples e algo diferente do habitual. No passado houve uma profecia, na qual surgiu um herói, com uma herança misteriosa, que salvaria o mundo mas que falhou, originando que todo o mal do Senhor Soberano ascendesse ao poder, conservando-o de forma tirana e que graças aos seus poderes consegue anular de forma implacável todas as tentativas de rebelião ao longo dos anos. É neste contexto que surge, então, Kelsier como referido na sinopse:

"Kelsier foi outrora um famoso ladrão e um líder carismático no submundo. A experiência agonizante que atravessou tornou-o obcecado em derrubar o Senhor Soberano com um plano audacioso. Após reunir um grupo de elite, é então que descobre Vin, uma órfã skaa com talento para a magia dos metais e que vive nas ruas. Perante os incríveis poderes latentes de Vin, Kelsier começa a acreditar que talvez consiga cumprir os seus sonhos de transformar para sempre o Império Final…"

Outra das coisas de que gostei no livro foi a fantasia e a magia apresentada pelo escritor, A alomância, que consiste na capacidade de certas pessoas metabolizarem metais adquirindo certos poderes de acordo com o metal. Esta capacidade/magia encontra-se muito bem desenvolvida e torna-se numa mais valia em toda a obra.

Quanto às personagens, estas são muito cativantes. As duas principais, Kelsier e Vin, os narradores do livro, são, cada um à sua maneira, complexos e bem desenvolvidos. Mas as personagens secundárias são igualmente fascinantes, desde Dockson, Brisa, Ham, Marsh o misterioso e enigmático Sazed, um guardador de segredos e até mesmo o nobre Elen Venture, bem trabalhadas e que até ajudam e tiram, em parte, o foco dos protagonistas.

Há muito mais, sem dúvida, mas não quero estar aqui a descrever nada até para não fazer grandes spoilers, estamos no inicio da trilogia e apenas com este livro estou convencido, que entra direto para ser um dos meus escritores favoritos de fantasia e não só, a manter este nível então vai tornar-se um nome sério da literatura fantástica. Percebo agora porque foi o escolhido para acabar a saga A Roda do Tempo de Robert Jordan, sem dúvida que estamos na presença de um escritor muito talentoso.

A não perder, ansioso por continuar a ler mais sobre este magnifico universo.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Livros com a Revista Sábado



Bem mais uma excelente iniciativa da parte da Revista Sábado e da Editora Saída de Emergência, muita coisa boa de aproveitar :)