terça-feira, 25 de novembro de 2014

Força Nuno Chaves




Por vezes a vida prega partidas a pessoas nossas amigas, soube hoje que o nosso amigo Nuno Chaves, se encontra numa situação dificil, digamos.

Se fosse uma gripe, dor de dentes, ouvidos, seria bem mais fácil, tomamos medicação e mais cedo ou mais tarde acaba por passar, mas uma depressão é algo que é necessário ter muita força e apoio familiar.

Não querendo estar aqui a desenvolver muito mais, desejo, em nome de todos tenho a certeza, as melhoras ao nosso companheiro Nuno Chaves, uma pessoa que mesmo não convivendo com muita regularidade tem o meu respeito e admiração.

Vá companheiro, espero ver-te em breve com o teu sorriso, a ler e criticar algo que gostamos muito e claro a partilhares essas fotos que tanto gostas de tirar por onde passas ;)

Tudo de bom, manda sempre e alguma coisa já sabes estamos às tuas ordens.

Promoção de Natal - SDE (divulgação)


Aqui fica uma boa iniciativa para quem goste de comprar livros via site da Editora, aproveitem que vai estar disponível até ao próximo dia 15 de dezembro. Podem ver aqui

Alem destes descontos já se sabe que podem beneficiar das promoções, na compra de 2 livros receba um grátis que atualmente até tem boas opções, como é o caso do Terror do Dan Simmons, podem ver aqui

Aproveitem ;)




Já agora um livro que me começa a despertar curiosidade, se poder vou ler :)

Diz a SDE:

Estamos ansiosos pelo começo do novo ano.
Esta é uma das razões.

"Nunca vi nada como Eleanor & Park. É uma belíssima história de amor. Relembrou-me o que é ser jovem e apaixonado por uma rapariga, mas também ser jovem e apaixonado por um livro"
- John Green, autor de A Culpa é das Estrelas


sábado, 22 de novembro de 2014

Último Conjurado - Isabel Ricardo (leitura conjunta)


Há sessenta anos que Portugal era humilhado pelos Filipes de Espanha.

É então que um grupo de heróis decide revoltar-se.


Esta foi, sem dúvida, uma leitura diferente da habitual, não que não participe em leituras conjuntas, mas porque foi feita com um livro publicado recentemente pela Saída de Emergência. Não posso deixar de fazer o meu agradecimento às participantes, bem merecem, uma vez que nos dias de hoje não está fácil.

Um obrigado à Sofia Pinneli que, segundo penso, foi a sua estreia neste tipo de leituras e sem dúvida que esteve muito bem, à Cátia Valente que porporcionou excelente convívio, mesmo não entrando logo a cumprir prazos, acabou por se viciar na leitura do livro, à Maria Roseta impecável como sempre, à Cristina Delgado, sem dúvida sempre a picar a malta e que foi a causadora da leitura deste livro , à Luisa Bernardino, foi a última a começar mas a primeira a acabar e não foi o estar tão longe de Portugal que a impediu de participar (segundo afirma este é o melhor livro que leu até ao momento da coleção) e por fim à própria escritora Isabel Ricardo, à qual desde já agradeço a participação.

Penso que foi uma leitura muito gratificante, bom ambiente, bom convívio e além de uma leitura muito agradável (maldito Capitão Gualdim que nos deu conta da cabeça eh eh eh) penso que acabámos por ficar amigos da própria escritora, não podia ter desejado melhor.

Quanto ao comentario ao livro, podem ler aqui e tal como a Cristina Delgado, recomendado!

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Subscreva a Newsletter da SdE - Vale mesmo a pena!!




A loja online da SdE vai passar a ter condições ainda mais aliciantes!
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É bastante fácil, basta clicar em baixo »» preencher os dois campos pedidos »» e Subscrever!


Para poder aderir ver aqui

Toca a aderir, quem sabe não surjam oportunidades fantásticas :)

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Preço dos e-books



Viva,

Como sabem aderi há pouco tempo à leitura digital e o que me deixa um pouco confuso é o preço com que são vendidos os e-books. Como é possível um e-book ter praticamente o mesmo preço que um livro físico ?

Se considerarmos que o principal de um livro é o seu texto, algo que nos é fornecido em ambos os formatos, e se ao mesmo tempo considerarmos que no livro digital não são apresentadas despesas de impressão, armazenamento e transporte, sinceramente leva-me a crer que existem aqui alguns interesses por detrás para que tal aconteça.

Não conhecendo muito bem todos os envolvidos no "negócio" dos e-books, penso que relativamente ao livro digital apenas são intervenientes o escritor, a editora e uma plataforma de venda on-line, tipo uma Amazon. Assim sendo, não faz nenhum sentido esta diferença de preços, isto no meu entender claro.

Espero, ao menos, que o escritor tenha uma fatia maior na parte que lhe toca, pois no formato físico é dos que menos ganha no preço final do livro.

Parece-me que o valor correto para um e-book devia ser cerca de 5€, que acham ? Será razoável ?

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Forum Fantástico 2014

Mais uma edição do Forum Fantástico. Apenas tive oportunidade de marcar presença no sábado, mas foi uma tarde muito bem passada, repleta de acontecimentos, entre rever amigos, conhecer novas pessoas, compra de livros (nunca falha a ida à SDE, este ano trouxe, por sugestão do Tio Barreiros, Força de Mercado de Richard Morgan), mas acima de tudo o convívio, sem duvida o melhor que se trás do Forum Fantástico.

A todos obrigado pela companhia, para o próximo ano há mais :)




Momento raro, o Luís Filipe Silva a assinar um livro seu. Marco Lopes obrigado pela oportunidade :)




João Barreiros a assinar o meu exemplar de "A Invasão dos Marcianos"...obrigado pela oferta de "A Bondade dos Estranhos" ;)



Nuno Ferreira concentrado a assinar o meu exemplar de "Espada que Sangra" :)




Entre amigos, São Bernardes (Caminhante), Carla Pisco, Manuel Alves, João Barreiros e mais atrás Nuno Ferreira.



Carla Pisco entre dois amigos e talentosos "Contadores de Histórias", Caminhante e Rui Ramos :)



quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Se Acordar Antes de Morrer - João Barreiros



Opinião:

Desengane-se quem está à espera de entretenimento fácil: o João Barreiros (JB)autor tem uma vincadíssima personalidade, não tem “papas na língua”, não tem receio de mostrar a violência, de horrorizar e de chocar. Às vezes roça o absurdo, outras toca o inimaginável, às vezes arrepiamo-nos de medo, muitas vezes surpreende-nos e ficamos chocados. Mexe connosco, abala as nossas crenças, e adoramos, ou odiamos, mas não conseguimos ficar indiferentes. O seu humor é habitualmente classificado como negro, mas é mais do que isso: é implacável, politicamente incorreto, por vezes até cruel ... ah, mas que bem que sabe, de vez em quando, ler alguma coisa assim! É este sentimento que me leva a afirmar que com os livros do Barreiros descobri o meu “lado negro da Força”: perante cenas que o bom senso e a moralidade me diziam serem horríveis, eu ficava deliciada, achava-as fantásticas, às vezes até hilariantes, mesmo que, volta e meia, ficasse de “queixo caído” com o choque.

É que tanto a aparente banalidade com que o autor expõe o horror, bem como o embelezamento com que às vezes brinda as descrições mais terríveis, fazem com que nos deliciemos perante os detalhes mais sombrios e as descrições mais gráficas. Não o nego: neste livro, os mundos do futuro são mundos violentos, onde grassam a destruição e a miséria, onde não há lugar para celebrações de heroísmo ou para lamechices. Estes mundos são assustadores, alienígenas, ou apocalíticos, mas, independentemente da sua natureza, o humor do autor não nos deixa ficar deprimidos.

Houve apenas um fator que me refreou a leitura: os conceitos tecno-futuristas muito próprios que pululam no universo Barreiros e que, ao abundar em alguns dos contos, me fizeram suspirar por um glossário, estilo dicionário Barreirês – Português! Porém, à medida que avançava, foi-se tornando mais fácil, até porque alguns conceitos começaram, ao longo do livro, a ser recorrentes. Surpreendentemente, acabei por sentir que afinal o glossário talvez não fosse assim tão boa ideia - o facto de não perceber tudo acabou por conferir aquele universo uma aura de mistério, que me fez imaginar e especular ainda mais, e isso trouxe uma certa “piada” acrescida. Afinal, o futuro é 
desconhecido.

Por tudo o que já mencionei, estaria a mentir se dissesse que recomendo este livro, ou o João Barreiros a toda a gente. Mas penso que todos os amantes de outros mundos deviam, pelo menos, experimentar, até porque, passada a estranheza inicial, acabamos por ser devidamente recompensados. Quando tudo parece terrível, lá nos perdemos nos ambientes sugestivos, somos envolvidos, e sentimos empatia pelas personagens, por muitas falhas e defeitos que eles tenham - e sejam elas humanas, animais, ou, espante-se, robôs ou seres alienígenas! E depois, está sempre connosco a possibilidade de muitos livros de FC: perante a interrogação do futuro e tendo em conta, quer a nossa evolução até agora, quer o desconhecido futuro, desfila perante nós toda uma série de possibilidades, nem todas assim tão impossíveis. Além disso, uma das características que, para mim, o João Barreiros tem de melhor é que não consigo compará-lo a nenhum outro autor que já tenha lido. Não encaixa facilmente em nenhuma das minhas “gavetas”, e isso é algo que, para mim, é fantástico!

Entretanto, dos quinze contos apresentados, há algumas “pérolas” para todos os gostos:

» Brinca comigo: como explica Barreiros na nota introdutória, este é um (...) universo onde a humanidade partiu para outras paragens”, e onde os “os brinquedos hão-de vaguear até que se estraguem de vez, num vago e terno desespero, em busca de um dono que nunca mais voltará” (JB na nota introdutória). Uma ideia destas é, desde logo, irresistível, e o conto está muito bem conseguido. Os brinquedos desconjuntados, na sua solidão e confusão, despertam de imediato a nossa empatia, mantendo-nos envolvidos até ao fim. É um dos meus grandes favoritos, logo a abrir a coletânea. 

» Efemérides: a ideia é do melhor – publicado para “celebrar os 30 anos da chegada do Homem à Lua”, e o autor constrói uma realidade alternativa com o seu “toque”, ou seja, “sobre o que teria sido a colonização do nosso satélite com a tecnologia disponível nos anos sessenta”. Tive pena de ser tão curto, mas é um excelente conto, com uma conclusão pouco convencional(para quem não conhece o JB).
» Noite de Paz: Comecei por me sentir obviamente chocada com a atitude de Grinch do senhor Barreiros perante a época natalícia (omo é que se pode ter coragem de atacar uma coisa tão linda e tão fofa como o Pai-Natal?). Mas com toda aquela ação, em breve comecei a sentir um certo prazer perverso, admito em, como diz o autor, “(...)à guisa de celebração, pôr um ponto final na rotunda figura do Pai-Natal (...)”. Ai, ai, o Natal nunca mais será o mesmo! 

» ASíndroma de Abraão:  Uma “(..) nova história alternativa sobre a chegada do Homem à Lua”. Apesar de alguma dificuldade inicial em contextualizar-me, fui-me envolvendo, e as peças começaram a encaixar, com uma série de possibilidades a cruzarem-me o pensamento. Baseada na crença, patente na nota introdutória, de que “(...) as Civilizações alienígenas do Centro da Galáxia (se é que existe de facto vida inteligente além da nossa) vivem num estado de guerra permanente (...)” e que “Nada é dado de graça neste universo (...)”, este é um conto muito marcante e difícil de se esquecer. 

» Por amor à prole: Mais uma história “filosófica”, e um bom entretenimento, com uma ideia prometedora. Se fosse um filme, o cartaz rezaria qualquer coisa como isto: “Num mundo destruído, uma mulher grávida sobrevive sozinha numa quinta hostil, rodeada de criaturas mutantes!” Um must! Mantendo o suspense até ao fim, e com um desfecho que não se esquece, fez com que eu nunca mais coma morangos da mesma maneira!

» Por detrás da Luz: Um conto revisitado para uma antologia inspirada em H. P. Lovecraft, também não tem um início fácil. No entanto, à medida que as pontas do véu foram sendo levantas e as peças do puzzle, começaram, finalmente, a encaixar, comecei a sentir-me dentro daquela Lisboa virada de pernas para o ar, até ao triunfo do horror, em jeito de celebração. À Lovecraft, mesmo. 

» Se acordar antes de morrer: Comecei por torcer o nariz à ideia: não só estou ligeiramente farta de zombies como, para ajudar à festa, JB misturava zombies com robôs!!! Mas a leitura provou que o meu medo era totalmente injustificado, achei o conto excelente!. Surpreendente e com um bom ritmo, além do bónus de ser mais um "pontapé” no traseiro fofinho do Pai Natal, é um dos meus grandes favoritos.

» Um homem e o seu gato ou O Céu dos gatos é o inferno dos pardais: Excelente! 
Adorei tudo: o contexto, o ambiente criado, as personagens felinas - o Senhor Luvas e a Miss Decibel são top! A imagem da gatinha pistoleira não me saiu da cabeça por muito tempo! Adorei a forma como o tema e o contexto podem servir de ponto de partida a tantas considerações sobre o futuro (e sobre o presente!). Leituras mais sérias à parte, o conto tem também entretenimento garantido para quem não quer pensar em significados mais profundos, o que faz dele, na minha opinião, um dos melhores da coletânea.


Antes de comprar este livro, procurei comentários online, e um dos desapontamentos mais mencionados é pelo facto de quase todos os contos já terem sido previamente publicados em coletâneas ou revistas do género. Como eu não conhecia nenhum deles, esta apresentação faz todo o sentido, e é uma mais-valia o facto de as histórias, pelos universos que se cruzam, pelas referências comuns, pelo estilo único de vocabulário que se vai repetindo, acabarem por se interligar todas.

É um livro para se ir saboreando aos poucos, que, a meu ver, só peca por uma coisa: tem poucos contos! Quero MAIS! E sem ter de os procurar, espalhados como estão por aí. Quero a “papinha” toda feita, ou seja mais um livro do JB com TODOS os outros contos já publicados e que eu não conheço!!!

Comentário feito pela minha amiga STARK Paula Pinto

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Opinião - Os Extremos de Christopher Priest


As vezes acontecem coincidências agradáveis e à uns dias quando ainda não tinha (conseguido) escolher uma nova leitura o meu amigo Fiacha disse que tinha começado a ler "Os Extremos" do Christopher Priest. Este livro foi me recomendado por um camarada da net que dá pelo nome de Ubik, ao qual mando daqui o meu agradecimento quer pela sugestão quer por tido o trabalho de me fazer chegar o livro às mãos, e que também já tinha feito o mesmo ao amigo Corvo.  Portanto achei engraçado fazer uma espécie de leitura conjunta como o Fiacha: um livro duas opiniões e bem o amigo Corvo já deu a sua (podem ler aqui a sua opinião) agora é a minha vez.

Este livro foi uma surpresa total. Para começar quando o comecei a ler não fui ler a sinopse, algo que só aconteceu depois de ler o primeiro capitulo, mas a verdade é que a sinopse não diz o que verdadeiramente o livro é, alias tende a ser algo redutora e a criar falsas expectativas ou eu é que as criei e acabei por sentir isso ao longo da minha leitura portanto o meu conselho é fujam dela como o diabo da cruz.

Este não é um livro que irá ser apreciado por uma boa parte dos leitores, é que este livro é de  uma complexidade elevada, mas não parece. Esconde-se por detrás de uma simples história de uma mulher à procura do significada da morte do seu marido, morto numa pequena cidade do Texas num massacres inexplicável e da estranha coincidência de ao mesmo tempo ter acontecido um massacre no outro lado do oceano, numa pequena cidade Inglesa, com contornos similares.

Acresce a isso o facto de existir uma tecnologia "à lá" Matrix onde as pessoas podem entrar em mundo virtuais e vivenciar as vidas e situações de outras pessoas, verdadeiras ou inventadas. Fez-me alguma confusão que o autor não explicasse de onde tinha aparecido esta tecnologia ou não tivesse explorado as implicações que ela teria na sociedade, mas apercebi-me que era "apenas" uma maneira de ele contar a história.

O final não será, também, do agrado da maioria dos leitores, demasiadas pontas soltas (digo eu) e quase parece faltar algumas paginas para encerrar devidamente, pelo menos foi essa a sensação com que fiquei, mas quanto mais penso no livro no seu todo mais sentido ele (me) faz e bem sei o quão paradoxal isto parece, mas é a verdade.

Ainda agora estou a descobrir os muitos "segredos" deste livro, mas muitos leitores irão simplesmente ficar pelas impressões superficiais que o livro transmite. Digo isto não por qualquer sentido se superioridade, estou bem consciente do quão perto estive de tal me acontecer também, pois ao longo da leitura nem sempre fui capaz de ver para onde o seu autor seguia e existe uma boa razão para isso. Muitas vezes dei por mim a pensar "Mas o que é isto tem a haver com a historia?", mas a verdade é que chegados ao fim do livro tudo fará sentido.

Termino com mais um paradoxal conselho: leiam este livro, mas apenas se estiverem preparados para abdicar da habitual lógica que seguem quando lêem um livro, porque ela só vos irá atrapalhar e impedir que desfrutem da historia. E claro para o ler pelo menos mais uma vez.


Titulo - Os Extremos
Autor - Christopher Priest
Editora - Planeta
Tradução - Nuno Romano

Opinião publicada originalmente no blog O Senhor Luvas

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A Herança de Kiana de Paula Cunha



Sinopse:

Um estranho sonho leva Kiana a questionar-se sobre o poderá existir no mundo para além da sua terra natal.Após um acontecimento trágico que muda a sua vida, Kiana é obrigada a deixar Allana com o velho sábio, Gobi. Seguem em direção ao desconhecido e encontram criaturas inimagináveis e lugares inesquecíveis. Elfos, humanos, e criaturas desconhecidas como os Pikron e os Dragaras ajudam Kiana a descobrir aquilo de que é capaz.
Percorre o mundo em busca da justiça que a sua herança lhe concebeu e que o destino roubou. Mas a sua tarefa torna-se difícil quando é traída pela pessoa que menos esperava.
Lutando contra todas as hipóteses, com a ajuda dos seus fiéis amigos Gobi, o misterioso elfo Elthos e a sua família, Kiana questiona-se se será capaz de salvar o mundo. Ou se todos cairão às mãos de Dazorg e dos terríveis Vordon...

Opinião:

Compreendo que a escritora tenha escrito o livro com toda a dedicação, empenho e acreditando no seu valor, submeteu o seu trabalho a várias Editoras e mediante determinadas condições (acredito que tenha sido isto que se tenha passado) o livro foi aceite e publicado.

Sim sejamos claros a Chiado Editora publica os livros mediante pagamento, nada contra é um serviço, mas não deixo de achar uma certa piada quando vejo os escritores a agradecer por terem acreditado neles.

Mas será isso sinonimo de qualidade ? Acredito que poderá eventualmente ser um livro que quanto muito satisfaça jovens até aos 10 anos no máximo, é que se formos a ver bem, hoje jovens com 13 a 14 anos já gostam de ler Tolkien, George Martin entre muitos outros. E a fantasia deve ser dos géneros que mais puxam à imaginação, vale (quase) tudo.

Na verdade até existem livros para jovens que tem muita qualidade, Mundos Paralelos do Pullman, Jogos da Fome, Harry Potter são alguns dos exemplos disso mesmo.

Quanto ao livro, temos uma jovem que vive feliz numa aldeia, é avisada por um sonho que tem que sair dali, de um momento para o outro os seus pais adoptivos morrem ( ela chora por se sentir culpada da morte deles), vai ao encontro dos seus pais verdadeiros e descobre que é uma princesa Elfa. Por outro lado temos um vilão que vive numa cidade onde nada nasce e treina o seu exercito...bem o resto já estão a ver o que irá suceder....

Mesmo não havendo muito originalidade até podia haver situações que nos cativassem, por exemplos as personagens, a escrita, mas nada me conseguiu cativar, a personagem principal constantemente a chorar, as vezes que eu li "amo-te", enfim não consigo, por muito que me custe escrever isto, tirar algo que me tenha agradado, gosto da capa pronto, é pena pois considero a escritora muito simpática e só lhe desejo a maior sorte.

Nota-se claramente a falta de trabalho de um Editor, ao menos um mapa, vários erros ortográficos que desconcentram quem está a ler. Nada como arranjar uns leitores beta antes de avançar com a publicação dos livros, acredito que seja útil.

sábado, 8 de novembro de 2014

Revista nº 3 do Baú do Cantinho do Corvo Fiacha


Como o tempo passa e já vamos na 3 revista de O Baú do Cantinho do Corvo Fiacha e acreditem ou não, pouco sei do seu conteudo, neste caso apenas sabia que seria publicado mais um POV da Arya que já tive o prazer de ler.

Ainda não li tudo mas modo geral só posso estar *orgulhoso* do trabalho e carinho que aqui patente, fico contente de ver membros do grupo a participaram ativamente como foi o caso do Marco e o caso da Maria Rita, execelente.

Não posso deixar de agradecer a quem está por trás da revista, sabem quem são e que vos posso dizer ? A serio obrigado pelo vosso constante demostração de amizade :)

Quanto ao Forum Fantástico, nem sabem o que me chateia este secretismo todo em torno do programa mas cá estou eu novamente a divulga-lo, lá estaremos juntos e terei muito prazer em conhecer pessoalmente quer o Manuel Alves, quer o Nuno Ferreira (não estás esquecido por quem organiza esta revista).

Já agora e para vos deixar ainda mais curiosos com o talento do Manuel Alves aqui deixo algo desenhado pelo próprio, espero que gostem :)

Podem ler a Revista aqui



sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Questões respondidas na página do FB pelo Editor Luís Corte Real - Saída de Emergência



A SDE tem vindo a responder com alguma regularidade a dez questões que são colocadas pelos seus seguidores da página do FB

Partilho algumas das respostas dadas, claro as que mais me interessam :)

Querem novidades para 2015, aqui vão algumas:

Jan-16 Eleanor e Park - Rainbow Rowell
Fev-13 Mistborn Vol. 2 - Brandon Sanderson
Mar-06 A Espada de Shannara - Terry Brooks
Mar-20 Redimida (último volume da Casa Noite) - PC Cast
Atenção que alguma data pode mudar, depois não me venham matar por causa disso!


O Steven Erikson está comprado, traduzido e até já tem capa. Mas só deverá ser lançado em 2016. Neste momento as nossas energias estão com o Brandon Sanderson. Lançar os dois ao mesmo tempo iria gerar uma canibalização dos resultados.

O "Império Final" do Sanderson já vendeu quase 1.000 exemplares. É um número fabuloso. Mas devido aos custos editorias e de marketing, continuará a dar prejuízo até aos 1.500 exemplares vendidos. Se tiver 500 amigos a quem possa recomendar o livro seria perfeito!


Dan Simmons é provavelmente o meu autor favorito. E Hyperion é uma obra-prima. Mas TODOS os livros do autor deram prejuizo à SDE, mesmo aqueles que dividimos.


A Carey nunca teve leitores suficientes para justificar mais livros e, depois de terminarmos a série, decidimos ficar por aí. Talvez relancemos o 1º volume em 2015 para ver se, entretanto, novos leitores se interessam. Se for esse o caso, pois seria um prazer continuar a publicá-la.

Continuar a Robin Hobb está nos nossos planos, especialmente a saga do Asassino. Mas provavelmente só em 2016. E, no próximo ano, ainda teremos de fazer um esforço por conquistar novos leitores para os dois quintetos anteriores.


A Patricia Briggs, devido aos prejuízos acumulados, teve de ser cancelada - com muita pena minha que sou fã há muitos anos. A Karen Marie Moning é para continuar e deveremos ter novidades para breve. O fabuloso Guy Gavriel Kay (um verdadeiro cavalheiro e amigo da SDE) só poderá ter mais novidades se o TIGANA vender melhor. O livro OS LEÕES DE AL-RASSAN também teve vendas muito fraquinhas, o que não ajuda.



Essa é a pergunta do milhão de dólares. Acreditamos que o George R. R. Martin irá lançar o próximo volume no final de 2015. Se assim for, vamos produzir a nossa edição à velocidade da luz para garantir que os leitores portugueses tenham a sua edição logo no início de 2016. Mas só o autor sabe (se calhar nem ele sabe!) quando irá terminar o próximo volume.

Pelo menos foi respondido com a informação de números de vendas e tudo, comentários ?

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

O Último Conjurado - Isabel Ricardo


Sinopse

Há sessenta anos que Portugal era humilhado pelos Filipes de Espanha. 

É então que um grupo de heróis decide revoltar-se.

1640. O jugo espanhol dura há sessenta anos. Seis décadas de identidade roubada, pátria escondida e falsa lealdade. Mas algo está diferente: fala-se do enigmático Capitão Gualdim, que desafia o poder espanhol pelas ruas de Lisboa enquanto se conspira nas sombras e a guerra contra o domínio espanhol ameaça rebentar. Uma importante parte da nossa História ganha vida em O Último Conjurado de Isabel Ricardo, onde a realidade se cruza com a ficção. Duelos, emboscadas, amores e muito mistério envolvem as principais personagens, três jovens cavaleiros que vivem todo o tipo de aventuras. Um romance histórico que representa com rigor os factos ocorridos neste tão importante período da nossa História, enlaçado numa maravilhosa narrativa cheia de suspense.

Publicado pela primeira vez em 1998, esta reedição é a mais recente aposta da Saída de Emergência para a coleção A História de Portugal em Romances.


Opinião

Para os seguidores d'As Leituras do Fiacha não é segredo nenhum que eu sou fascinada por este livro desde que o conheci. É um facto que o meu entusiasmo passou para algum dos seguidores do blog (incluindo o próprio Corvo) e parece que estão também a ficar rendidos a este livro, tal como aconteceu comigo.

Logo nas primeiras páginas percebe-se que toda a acção do livro se vai desenvolver em torno desse misterioso Capitão Gualdim que todos conhecem ou já ouviram falar, mas que ninguém consegue identificar concretamente. Quando era miúda havia uns desenhos animados do Zorro que eu devorava e ao ler este livro foi a primeira coisa que me veio à cabeça. Tal como o Zorro, também o Capitão Gualdim é um exímio espadachim que luta incessantemente contra a tirania espanhola e tenta a todo o custo contribuir para o afastamento dos FIlipes do trono português.

Contudo, não é só de um personagem que vive um livro. A par do Capitão misterioso, temos três brilhantes cavaleiros na flor da idade, Pedro de Castro, Afonso de Menezes e DIogo,Vasconcelos a maravilhosa Laura de Noronha e o não tão amistoso D. Manuel Vilar. Um conjunto de personagens que nos prende a estas páginas e, juntamente com a escrita simples mas ao mesmo tempo rica em pormenores históricos, faz com que tenhamos vontade de lutar ao lado deles por este Portugal independente tão desejado em 1640.

Quem é, afinal, o Capitão Gualdim? Esta é a pergunta que se impõe desde o início e para a qual haverá muitas possibilidades de respostas...

Como amante de romances históricos, não posso deixar de dar, mais uma vez, os parabéns à editora pela aposta na nossa História tão rica em pormenores que sem duvida tem de dar origem a livros assim. 

Recomendo vivamente!

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Corvo adere à leitura digital - oferta



Esta mensagem é mais um agradecimento, pois uma pessoa amiga ofereceu-me um Kobo Glo igual a este!

Por esta não esperava! Até porque já traz imensos livros, desde Tolkien e Juliet Marillier até George Martin, incluindo alguns que gostava que publicassem por cá, como Bernard Cornwell, entre muitos outros. Claro que, num curto espaço de tempo, já arranjei imensos livros, em especial da Agatha Christie que agora tenho que passar para o Kobo... até livros do Follet tenho para passar para o Kobo! Mas a minha estreia será seguramente com o segundo livro do Scott Lynch, mal termine a minha leitura atual.

Sei que ainda vou receber mais umas ofertas (livros físicos) e só posso sentir-me como uma criança cheia de mimo, pois mais que o valor dos bens, é o gesto que mais me sensibiliza. Mas, sem dúvida, que esta é uma oferta muito especial! Muito obrigado! ;)

Agora tenho que aderir à leitura em formato digital que, como é óbvio, tem imensas vantagens: é muito mais barato na compra de livros (para não dizer a custo zero), é muito mais fácil de organizar, poupa espaço na nossa estante e penso ser mais ecológico mas aqui não tenho a certeza, pelo menos poupamos no abate de árvores :)

Claro que será quase impossível deixar de ler no livro físico mas está dado o primeiro passo para algo que, penso, será o futuro da leitura!

Já agora, partilhem a vossa experiência: são a favor da leitura neste formato? Que recomendam para quem se queira arriscar ler neste formato?

Não posso terminar sem agradecer ao amigo Marco Lopes, pela paciência, ajuda e incentivo para que leia neste formato, à Sofia Pinneli, por partilhar imensos livros neste formato e, não estando esquecido, à Milú Reis, pelos vários livros de FC que me ofereceu, em especial da coleção Argonauta e que tinha repetidos :)

"os livros são para ser lidos, para que queria eu livros repetidos? eles têm de cumprir a missão para a qual foram feitos."  Milú Reis 

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O Dia dos Santos

Com certeza já todos por aqui deverão ter ouvido falar da minha terra natal pois, apesar de ser apenas uma vila alentejana, gradualmente tem-se tornado conhecida um pouco por todo o mundo. Por vezes até aparecemos na televisão, seja pela altura da Páscoa ou em alguma reportagem que fale sobre a passagem dos judeus por Portugal, entre tantas outras ocasiões. Falo-vos de Castelo de Vide, uma pequena vila situada algures entre Portalegre e Marvão, onde podem encontrar imensos vestígios da história Portuguesa e com um vasto património cultural, entre tantas outras qualidades.

Acho que se pegarmos num calendário e apontarmos todas as romarias, festas e outras tradições de Castelo de Vide, dificilmente encontraríamos uma semana em que não se passasse nada por cá. Já vos falei da Páscoa, que é talvez a festa que atrai mais turistas, mas há muitas mais que poderia referir. A Feira Medieval em Setembro, o festival de música alternativa Andanças em Agosto, o madeiro de que arde todos os anos na noite de Natal para aquecer os mais carenciados, entre tantas outras datas importantes e tão nossas.

Este fim-de-semana, como bem sabem, comemorou-se o Dia dos Santos. Sim, eu sei que se comemora em todo o lado, mas em Castelo de Vide existe uma tradição que está cada vez mais a cair no esquecimento. Também há que lembrar que o dia 1 de Novembro já não é um feriado nacional e, como tal, é cada vez mais difícil fazer cumprir a tradição. Em parte porque as crianças não são dispensadas das aulas mas também porque os pais não podem deixar de ir trabalhar para acompanhar os filhos. E isto deixa-me triste pois recordo-me de passar o ano todo à espera que chegasse o Dia dos Santos, que me sabia ainda melhor que o Carnaval.

 Desta vez, o dia 1 de Novembro calhou em sábado o que permitiu que mais uma vez tradição fosse cumprida. Pela manhã, bem cedo, as crianças reunem-se em pequenos grupos e vão pelas ruas, batendo de porta em porta, a pedir os santos. Segundo os mais sábios, neste dia a festa celebra-se em honra de todos os santos e mártires. Cada criança leva uma bolsa, que por cá são as tradicionais bolsas de retalhos onde se guarda o pão, e recebem muitas vezes guloseimas, mas também nozes, romãs, castanhas, maçãs, e até alguns trocos.

As bolsas do pão - imagem retirada daqui


No meu tempo (sim porque já faço parte daquela faixa etária em que se pode usar expressões como esta), juntava-me sempre com uma prima. Temos a mesma idade e fomos sempre da mesma turma. Andávamos sempre juntas, fosse no Dia dos Santos, fosse no Carnaval ou fosse um dia qualquer e nos apetecesse companhia para brincar. E lá íamos nós, ela com a bolsa do pão e eu com a minha bolsa, que não era feita de retalhos, mas sempre tive muito carinho por ela porque foi uma prenda da minha avó paterna. Era toda feita em renda azul clarinha, com um forro a combinar, e é uma das poucas recordações que tenho dela. Todos os anos as bolsas vinham cheias de rebuçados, pastilhas, chupa-chupas, e frutos da época. A minha prima detestava que lhe dessem fruta, principalmente nozes. E se as moedas fossem de 1 escudo, quase fazia caretas às pessoas (felizmente continha-se!). Qual é a criança que gosta de receber moedas de 1 escudo?? Ok, nenhuma. Mas não me fazia confusão. Normalmente eram as pessoas mais idosas que davam moedas pequenas. Se em todas as casas por onde passávamos nos dessem uma moeda de 1 escudo, ao fim da manhã estávamos ricas. Ok, não literalmente. Mas para uma miúda de 5 ou 6 anos, juntar cerca de 100 escudos já era uma pequena fortuna.

 Ao final da manhã voltávamos a casa para o almoço em família. Quando ainda era uma criança de colo, era o meu pai que me levava a pedir os santinhos à casa das tias e das vizinhas, enquanto a minha mãe ia para casa da avó ajudar com o almoço. E o que se come no Dia dos Santos, perguntam vocês? Só coisas boas! Não me perguntem porquê, mas por aqui é tradição comer um prato de papas de milho ao almoço, neste dia. As papas são acompanhadas de açúcar louro, mel ou apenas leite. Como nunca gostei de papas, não percebo quem é que se lembra de comer isto ao almoço (só um parêntesis para dizer que a minha mãe adora….). Passando à frente: migas! Ah que maravilha, não é? Umas belas migas de pão ou de batata, que por cá come-se das duas maneiras, já marchavam! Depois para sobremesa come-se o arroz doce, não por ser tradicional deste dia, mas porque qualquer ocasião especial por cá pede uma travessa de arroz doce à mesa.

Para além disto, também se costuma comer bolo finto, que não é bem uma sobremesa. Funciona mais como um snack ou uma gulodice para qualquer altura do dia. Não há ano que passe sem que chegue a esta altura e me recorde dos tempos da escola primária, em que a mãe de uma amiga (cujo pai era padeiro) entrava pela sala de aula com um saco cheio de bolos fintos mais pequenos, ainda quentinhos. Para além dos bolos serem deliciosos, só o gesto de carinho já nos deixava felizes. Era como o ponto alto do nosso outono: o dia em que nos ofereceriam bolos fintos. Eu sei, como éramos ingénuos…

E porque estou para aqui a contar-vos uma tradição de há minhentos anos e, ainda por cima, a falar-vos em comida? (Já vos falei das migas, certo?)

Porque a tradição está a morrer. E a cada ano que passa há menos crianças na rua a pedir os santinhos e há também menos pessoas a abrir a porta às poucas crianças que ainda o fazem. Ainda ontem encontrei um texto do Nuno Markl em que ele contava como foi a sua noite de Halloween, acompanhando o filho e mais algumas crianças no “trick-or-treating”.

Não tardou para que, de adulto fixe e irresistível, gerindo com bonomia um grupo de divertidas crianças, eu passasse a sentir-me o cabeça experiente de uma organização terrorista, usando os meus pequenos esbirros para espalhar o susto e a angústia entre a terceira idade. 

Uma senhora em roupão lamenta: "Mas eu estava deitada...". 

Outra senhora revela-se tão idosa que não consegue abrir a sua própria porta da rua. Ou então foi incrivelmente inteligente.

Outra senhora, outro roupão: "Eu não estava preparada para isto...". 

"Então vamos ter de fazer travessuras!", respondem os gaiatos, implacáveis. E eu penso: "Mais? Não chega obrigar senhoras de idade a levantarem-se?".


 No meio disto tudo, não percebo porque tentamos todos os anos adoptar uma tradição que não é nossa e que para nós não tem qualquer significado, excepto ser um bom pretexto para tirar os fatos de Carnaval do baú, e em paralelo atirarmos para trás das costas aquilo que é, de facto, nosso. Será que os meus filhos, que um dia terei, irão pedir os santinhos ou pregar partidas pela noite fora?

domingo, 2 de novembro de 2014

Cinema

Venho até vós para vos falar de cinema, algo que me apaixona.

  O Grande Gatsby (2013)

A chamada sétima arte é uma das que mais me fascina. Seja pelos desempenhos de atores e atrizes que muito aprecio, seja pelas histórias, pelas bandas sonoras ou pelos efeitos e ambientes, o cinema é uma das minhas artes favoritas. 

Desde criança que gosto de ver filmes. Comecei por encontrar grande ligação com eles a partir da visualização dos filmes da Disney, que me mostraram magia e fantasia pela primeira vez. Lembro-me de ficar “colada ao ecrã” com os filmes da Pequena Sereia, que era a minha “princesa favorita” (e penso que continua a ser). Sinto que essas histórias ajudaram a criar em mim um gosto muito forte pela Fantasia, pelas histórias, ajudando-me a seguir por um trilho de imaginação que sem eles poderia não ter descoberto. 

O primeiro filme que vi no cinema, lembro-me tão bem!, foi O Rei Leão. Gostei imenso da experiência. Todo o ambiente do espaço, o som, o ecrã tão grande, fez-me sentir bem, apesar de não ter gostado muito do filme.

Depois, ao crescer, comecei a ver outros filmes. Um dos filmes da minha infância, é o maravilhoso Braveheart (1995). Provavelmente é daí que vem a minha paixão pela Escócia e pelas histórias de cavalaria e pela época medieval. Lembro-me da brilhante banda sonora e de como me emocionei da primeira vez que o vi. Foram várias as vezes que vi o filme e é sempre como se fosse a primeira vez…sinto sempre as mesmas emoções. 

Mais tarde, comecei a gostar bastante de histórias de terror, principalmente se não forem daquelas tipo Saw. Lembro-me que o primeiro filme do género que vi foi A Mansão e fiquei bastante agradada, tendo depois começado a ver outros. 
Mas nada se compara à primeira vez que vi Harry Potter e a Pedra Filosofal. A magia que senti ao ver o filme foi única, especial. Fui vê-lo mais uma vez e depois, com o dvd, mais vezes o vi, mas nenhuma se comparou àquela primeira.

Harry Potter e a Pedra Filosofal (2001)

Não vi os filmes do Senhor dos Anéis no cinema, mas vi-os várias vezes. Apesar de não ter sentido a mesma magia que senti ao ver o Harry Potter, devo dizer que hoje, depois de ter lido os livros de Tolkien, sei reconhecer toda a magia presente no seu mundo e os filmes são, sem dúvida, uns dos meus favoritos, em conjunto com as belíssimas bandas sonoras que têm.
O Senhor dos Anéis - A Irmandade do Anel (2001)

Para mim, existem alguns aspectos necessários para um filme me encantar. O aspecto visual, a banda sonora, a história em si. 

O aspecto visual, a fotografia, as cores, o enquadramento, são para mim factores que me ajudam a encontrar interesse num filme. A beleza das cores e os detalhes das pequenas coisas que deixam compreender a minúcia com que tudo foi elaborado deixam-me ficar encantada com o que estou a ver. Aconteceu-me isso em vários filmes, como: Sherlock (2009 e Jogo de Sombras), A Invenção de Hugo e Cloud Atlas
 Cloud Atlas (2012)

A Invenção de Hugo (2011)

Quanto à banda sonora, para mim é importante que esta seja potente, forte, contextualizada com o filme e com cada cena deste. Uma música bem elaborada, pertinente e que faça as emoções crescerem é muito relevante para dar alma ao filme, no meu ponto de vista. 

No que se refere à história, é muito simples. A história tem de me despertar curiosidade. Se não o fizer, é difícil que eu fique encantada com o filme em si. 

Estes pontos que referi, principalmente os dois primeiros, são também importantes em termos do imaginário, a meu ver, pois deixam a imaginação divagar e correr e atravessar novos caminhos e novos mundos. 

Todos nós temos algo que nos faz gostar de determinadas coisas, daí os nossos gostos pessoais. É sempre algo pessoal, mas há que ser receptivo, para poder conhecer mais, saber mais e ir, assim, modificando ou aperfeiçoando os nossos gostos ou somando novos interesses àqueles que já tínhamos. É, por isso, que gosto tanto de debater sobre este tema, pois, debatendo, posso conhecer mais filmes para ver, alargando os meus horizontes.
E vocês? Gostam de cinema? Quais os vossos filmes favoritos? Quais as vossas recomendações?

Obrigada ao Fiacha e a todos vós =)