Sinopse:
Elaine e Kura movem-se entre as suas raízes britânicas e o apelo do povo Maori, forjando o próprio destino ultrapassando as circunstâncias da vida numa terra paradisíaca.
A Canção de Maori é a história de duas primas completamente diferentes, mas com uma coisa em comum: a sua força interior. Aquela força que emerge nos mais fortes face às circunstâncias adversas que a vida coloca no seu caminho. A relação entre as duas não é a melhor porque Elaine inveja a beleza e a arte de sedução de Kura. Mas a vida dá muitas voltas e acabam por partilhar uma vida de luta e conquista numa pequena cidade mineira isolada do mundo.
Da mesma autora de O País da Nuvem Branca, o romance A Canção dos Maoris é a grande saga literária da atualidade, com cinco milhões de leitores em todo o mundo.
Opinião:
A descoberta desta escritora foi sem dúvida uma das melhores coisas que me aconteceram ao nível da literatura, nos últimos tempos pois os seus livros conseguem-me sempre deixar plenamente satisfeito. Por um lado faz com que varie um pouco as minhas leituras, por outro lado o facto de ser uma escritora muito forte em três aspetos que considero fundamentais num bom livro: a escrita, muito cativante e que nos faz ler de forma quase compulsiva, a riqueza do enredo que sem dúvida foi objeto de investigação e nos permite ter uma ideia muita clara de como se "vivia" neste belo continente, desde a descrição dos colonos britânicos ao povo maori e acima de tudo as personagens, para mim o ponto mais forte que os seus livros oferecem.
Fiquei completamente rendido pela forma como a escritora aprofundou as personagens principais do enredo e como o destino as cruza e separa. Vamos acompanhando os seus pontos de vista, vemo-las crescer, ultrapassar obstáculos, lutar pelos seus sonhos, escapar das partidas que a vida lhes coloca pela frente e quando damos por nós estamos a sofrer, a fazer votos para que consigam concretizar os seus objetivos. E aqui que ninguém nos ouve até me comovi com várias partes, algo que me custa sempre um pouco em especial quando vou no metro.
Outro aspeto que gostei bastante, nesta saga, é a forma como a escritora descreve o vinculo entre humanos e animais, muito bem conseguido e que acaba por ser uma mais valia para o enredo.
Agradou-me bastante ainda a forma como estamos em constante suspense e na expetativa de surgir uma personagem que poderá deitar tudo a perder, que foi cruel, violenta mas mais não posso desenvolver.
Só posso recomendar esta saga, onde o primeiro volume "no Pais das Nuvens Brancas" foi eleito por mim o melhor livro lido em 2015 da editora Marcador, repleto de momentos marcantes, comoventes, cruéis, com um enredo rico e personagens ricas e complexas, que venha o livro seguinte.